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segunda-feira, 29 de abril de 2013

14.02.13

        Para qualquer lugar que olhe, sinto a sua ausência. Num minuto, a esperança que sinto em poder vê-la novamente ao dobrar da próxima esquina transforma-se na angústia de nunca mais poder sentir a sua mão na minha...
        A sensação de alívio que senti alguns dias após terminarmos transformou-se agora numa tortura como nunca antes tinha sentido... A luz que aclarava as trevas da minha vida foi para longe demais, já não consigo caminhar, está escuro aqui... Desejo-a mais agora do que nunca, quero-a mais do que alguma vez imaginei.
        Sinto-me a desintegrar, átomo a átomo. Estou infeliz e partido. Sinto-me capaz de verter lágrimas durante um milénio. Adoro-a tanto que sinto quase a desrespeitar-me, pois amo-a mais a ela do ao estúpido ser que sou. Apenas com o poder do pensamento me destroço em ciúmes...
        Como é possível hoje sonhar com ela todos os dias, quando na realidade o sonho que vivia era, de facto, ela... 
        Será que vale a pena? Será que só acordei agora?... Se fui acordado do sonho, a vontade que tenho é a de apunhalar quem me acordou... Hoje, a única coisa que me apetece fazer é dormir, para poder voltar a sonhar com ela.. Dava tudo o que tenho para que voltasse para mim, mas sei que é uma probabilidade improvável.
        Dói-me não saber verdadeiramente se ela está bem, mas mais devastador é o facto de olhar para ela e ela aparentar estar feliz, sem vestígio de sofrimento algum, como se se tivesse libertado daquilo que a prendia, como se nada tivesse passado... como se nada fosse...
        Apesar de não me arrepender, sinto-me constantemente arrependido. A incapacidade de ser forte está a tornar-se óbvia, sinto-me a fraquejar... Eu quero a minha menina, não tão esta, mas aquela que outrora conheci, partilhei e recebi.

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