Translate

domingo, 24 de março de 2013

02.09.12

        A viagem já vai longe. Explorei sítios nunca antes conquistados, caminhei por mares nunca antes navegados, segurei em armas nunca antes disparadas, vi nascer coisas nunca antes especuladas.
        A viagem fez-se um lar. Acomodei-me num sofá de conformismo e dormi sobre uma cama de arrependimento. Foram demais todas as vezes que lavei a cara com água choca de preconceitos e a seguir limpei-a a uma toalha ensopada em vergonha.
        Em tempos, pensei que jamais faria o que até então nunca tinha feito, pensei que sempre estaria certo se mantivesse a minha mente desprovida de sentimentos erráticos, pensei que não haviam problemas e que as soluções eram o verdadeiro desafio do próprio problema, que para mim não existia até ter reparado na sua presença.
        Sem saber como nem porquê, dei por mim embriagado de fúria, ódio e raiva, e assim, de uma forma natural, facilmente passei a vomitar orgulho sem ser preciso sequer meter as mãos á guela... simplesmente se transformou num acto consciente e gratuito.
        A conclusão do que quer que seja não é fruto apenas de um único pensamento, quase tudo é fruto da semente de outro fruto em decomposição.

Sem comentários:

Enviar um comentário