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quarta-feira, 18 de março de 2015

"O Meu Big-Bang" - Capítulo IX

Quadrante do Ser




          Não me esqueço de rir muito, pois respeito a responsabilidade de me respeitar a mim mesmo.
          Um arrepio na nuca, foi o que senti quando, com a minha mão direita, toquei na minha alma e lhe arranquei este símbolo, apenas para mostrar ao mundo que sou digno de estar aqui e ninguém o é mais que eu, pois não sou mais que ninguém.
          Tentando explicar o inexplicável, digo-vos o que este símbolo significa para mim… Este símbolo é retirado de um alfabeto que eu mesmo criei, é o que representa a letra R. Para ser sincero, não fui o único autor deste alfabeto, fi-lo quando frequentava o 7ºano, em conjunto com o Jorge, o meu melhor parceiro de turma, o meu melhor companheiro, o meu melhor amigo, o meu melhor confidente e o meu melhor irmão; pois conseguimos ser um todo, mesmo quando somos dois.
          Da extensiva lista de sentimentos que este símbolo emite, vou apenas mencionar uma mão cheia deles, não por serem os outros menos importantes mas sim porque são estes os mais óbvios.
          Acima de tudo simboliza o RESPEITO. É o acto de respeitar que impõe a ordem a tudo. Respeitar tudo e todos é respeitar a Natureza e o Universo, e isso é decifrar o código dos códigos, é conquistar o baú do tesouro escondido no fim do Arco-íris. Uma vez que respeitamos, porque não confiar? Porque não assumir os nossos erros? Porque não perdoar? O que será do respeito se não estiverem nele contemplados estes valores?
          O peso da consciência tem de ser ZERO, e para isso é necessário negar atrozmente a necessidade de ter sempre razão e calibrar bem a Balança-Mental. Somos seres de Luz por uma razão apenas, somos capazes de ser, pelo menos, duas pessoas em simultâneo na mesma cabeça, logo, temos de levar em conta que o EU global, verdadeiro, é o resultado da discussão dessas duas opiniões. De um lado temos uma opinião, e do outro temos outra naturalmente oposta ou apenas muito diferente, e o Senso-Comum resulta da pesagem dessas duas opiniões, naquilo a que gosto de chamar de Balança-Mental. Não podemos dar-nos ao luxo de nos esquecer e desviar a atenção desta balança um segundo que seja.
          O respeito é a matéria-prima da vida, extraída pelas máquinas mentais de grande intelecto, fabricada no interior dos nossos corações e exportada através das nossas acções. No Edifício-Mental existe uma empresa que se chama consciência, e como todas as empresas tem fornecedores e clientes, e o papel desta multinacional é ter a sua pequena mão esquerda para receber e a grande mão direita para dar. Eu sou o gerente da minha empresa. Sorriam, pois nestas empresas não existe o termo falência, apenas evolução.
          Quando se fala em evolução, fala-se de um termo baseado na comparação, ou seja, evolução é a comparação entre o que éramos, o que somos e o que poderemos ser. Penso que o que isto nos diz é que, se queremos evoluir para algo melhor, se queremos ser o que nunca fomos, então apenas vejo um caminho… Precisamos de pensar o que nunca pensámos, precisamos de ir onde nunca estivemos, precisamos de dizer o que nunca dissemos, precisamos de agir como nunca agimos, necessitamos de ver o que nunca vimos… Por isso, perdoem a quem vos magoou, limpem as lágrimas a quem vos traiu, enterrem o vosso orgulho na felicidade de quem vos deixou ficar mal, assumam os vossos erros perante quem erra, dêem amor e carinho a quem amam, ajudem quem vos negou ajuda, sorriam nos momentos felizes, chorem quando tiverem que
o fazer, partilhem, respeitem-se, sejam sinceros convosco, acompanhem quem vos abandonou, sejam vocês sempre, sejam a diferença…
          Isso é RESPEITAR.


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